Deus nos livre dos obsessivos!


Todos os que não têm memória curta nem são facciosos ou sectários, facilmente se lembrarão de algumas das últimas obsessões do anterior Primeiro-ministro, José Sócrates: tudo estava a correr sempre bem, o país não estava em crise! 

E quando começaram a surgir os primeiros sinais da crise: o país já estava a sair dela (e era o primeiro a sair), pois os dados macroeconómicos eram formidáveis, etc., etc… até à obsessão final de recusar o mais que pode (o que veio agravar ainda mais a nossa situação) até se ver obrigado a pedir ajuda financeira externa.

José Sócrates foi, durante anos, a imagem da OBSTINAÇÃO (no mau sentido), e que em nada ajudou (muito pelo contrário), o nosso país.

A teimosia (no bom sentido) ou perseverança, são valores que devemos cultivar. Mas quando sob a capa de perseverança se escondem comportamentos obsessivos de teimosia obstinada e inflexível, algo está mal.

Estou convicto de que o actual Primeiro-ministro, seriamente convicto de que tem um “destino a cumprir”, e no seu afã de mostrar serviço à Troika, aos “mercados”, à dupla Merkle-Sarkozy, etc., está a enveredar por um caminho de pura obstinação, esquecendo que com a emigração a aumentar, e a vida da maior parte dos portugueses a desfazer-se, angustiados, deprimidos, sem qualquer esperança nem sinais, ainda que ténues, de um amanhã melhor, rapidamente se vai tornar num PM de montes e vales, praias ensolaradas, rios, barragens, florestas queimadas, aldeias e vilas desertas, cidades a abarrotar de desempregados, vagueando pelas ruas, e onde os crimes violentos aumentarão a um ritmo vertiginoso.

É que na sua última entrevista, o nosso PM já colocou a possibilidade de, caso haja algum problema “externo”, a austeridade ter de aumentar em 2012. 

Mas não foi capaz, porque não quis, não se lembrou ou está proibido de equacionar a possibilidade de dizer, alto e bom som: se os factores externos não nos permitirem alcançar em 2012 o défice previsto, não aumentarei a austeridade dos portugueses (porque não é culpa deles!), antes vou negociar o aumento do valor do défice.

Não sou economista, nem tenho formação na área financeira, mas parece-me do senso comum que não vale a pena continuar a espoliar mais os portugueses, pois quanto menos cada um de nós tiver para poder sobreviver, mais difícil será a vida de todos e mais difícil será a recuperação, não só económica, mas também social.

Há um limite para tudo. E estou convicto de que já ultrapassamos o limite do suportável!

Esperemos que não seja necessário promovermos procissões, não a pedir chuva ou sol (com antigamente, quando um deles faltava), mas a pedir bom senso e humanidade para os nossos governantes.

Perante tudo o que nos está a acontecer, só Deus nos pode ajudar!

(02.12.2011)

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