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De Vila Real às Pedras Salgadas - inauguração da nova linha férrea (1907)

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"Coincidindo com a viagem d'El-Rei às Pedras Salgadas , para a sua cura de águas deste ano, o governo autorizou a abertura à exploração provisória do novo troço da linha férrea do Douro , que fica ligando Vila Real com aquela afamada estância minero-medicinal. A respectiva inauguração realizou-se, pois, no domingo 14 do corrente [ Julho de 1907 ]. O novo caminho-de-ferro, cujo percurso é de 37 quilómetros, segue de Vila Real , em rampa, até Vila Pouca de Aguiar , começando desde este ponto a descer até às Pedras Salgadas . Parte do trajecto faz-se entre elevadíssimas e alcantiladas montanhas, e em quási todo ele o rio Corgo acompanha o comboio, correndo ao seu lado em ziguezagues caprichosos. A vegetação é por toda a parte exuberante e viçosa, e a paisagem apresenta uma grande diversidade de aspectos graciosos. É por isso que, apesar de lhe faltarem obras de arte importantes, o ramal de Vila Real às Pedras Salgadas fica sendo uma das linhas mais pitorescas do país,

Da Alameda do Caminho-de-Ferro ao Jardim da Estação

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Avenida da Estação e ponte sobre o Corgo - Vila Real “Pelo menos desde o terceiro quartel do séc. XIX que se começaram a equacionar novas áreas de expansão urbana para Vila Real . Não era alheio a isso o crescimento demográfico; mas as razões principais seriam as deficientes condições de higiene e a insalubridade que se viviam na sede do concelho. A opinião pública e os órgãos autárquicos dividem-se entre diversas soluções, orientadas quer para a margem direita, quer para a margem esquerda do Corgo . Demos alguns exemplos. Na década de 1870, e tendo como pretexto uma nova ponte sobre o Corgo, a localizar em Codessais , pensa-se em demolir uma parte significativa do Bairro dos Ferreiros e criar uma área de construção na margem direita do rio, que se estenderia até Codessais. A ideia não foi avante, sobretudo porque a população não via com bons olhos a demolição do Bairro dos Ferreiros. Entre 1903 e 1904 surgem três novas ideias para a expansão urbana, duas delas também na marge

Avenida e Jardim da Estação do Caminho-de-ferro

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Quando a Câmara Municipal de Vila Real decidiu adquirir o terreno para o lado norte da avenida da estação do caminho de ferro, com o fim de aí construir uma aprazível alameda, entrou em contacto com o seu proprietário, Monsenhor Dr. Jerónimo Amaral , propondo-lhe a indispensável expropriação. Eis como foi noticiado o respectivo contrato, n’ O Povo do Norte de 14 de Janeiro de 1906: - “A câmara, satisfazendo uma boa parte das justas aspirações de alguns nossos conterrâneos, contratou ontem com o Mgr. Jerónimo Amaral a expropriação do terreno situado entre a avenida de acesso à estação do caminho de ferro (…) e a rua que decorre no sentido longitudinal daquele edifício. Este terreno parece destinado a uma alameda, que este mesmo ano será convenientemente arborizada e terraplanada. A aquisição foi realizada pela importância de reis 1:350$000.” Alguns meses após a compra desse terreno, mais precisamente, na sessão de 11 de Agosto de 1906, a Edilidade Vila-realense deliberou, p

A Ponte Metálica e o Caminho de Ferro em Vila Real

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A Ponte Metálica e o Caminho de Ferro em Vila Real A inauguração da Ponte Metálica e a chegada do primeiro comboio são, para a população do concelho de Vila Real, os momentos em que vê finalmente concretizadas as suas mais importantes aspirações do séc. XIX. Aspirações que, enquanto projectos, concorreram para a decadência económica do Concelho a par das devastações causadas pelo oidium e pela filoxera , das frequentes quebras dos negociantes de vinhos, do grande fluxo emigratório e da liberdade de comércio. Este último factor foi, em contrapartida, o impulsionador dos dois grandes empreendimentos já citados. Isto porque, o Governo ao decretar a liberdade de comércio viu-se obrigado a compensar as suas desvantagens, consequência da repentina transformação do sistema, dotando o Concelho de: uma rede de estradas servindo a região do Douro , uma via férrea que permitisse um transporte rápido e seguro, facilidades de vendas para os negociantes e estabelecimento de novos mercados i

Sobre as obras na Linha do Corgo em 1905

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A 1 de Agosto de 1905, a " Gazeta dos Caminhos de Ferro " (nº423) publicou uma notícia, na qual referia que, relativamente à Linha do Corgo , " Estão muito adiantados os trabalhos de construção do caminho de ferro do Vale do "Vouga" (troca com " Corgo "), esperando-se que possa ser inaugurado ainda este ano. A parte do Tanha deve ficar concluída por estes dias ." In “Gazeta dos Caminhos de Ferro”, nº423 – 1905 Sugestões: A Ponte Metálica e o Caminho de Ferro em Vila Real A linha de caminho-de-ferro da Régua a Chaves Viaduto metálico do Corgo (Caminho de Ferro do Douro)

Viaduto metálico do Corgo (Caminho de Ferro do Douro)

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"Da Régua, segue pelo Peso uma outra estrada que se dirige a Chaves, por Vila Real , e na qual ficam situados adiante desta última povoação, os estabelecimentos das águas das Pedras Salgadas e de Vigado . Até Vila Real, tentou-se, em tempos, fazer a tracção por meio de um caminho-de-ferro de sistema americano , porém as rampas sucessivas e muito íngremes dessa estrada tornaram inúteis os esforços que para isso empregou uma companhia que teve de dissolver-se com prejuízo total para os seus accionistas. Nesse caminho chegaram, inclusivamente, a ensaiar-se máquinas a vapor, mas sem resultado. Desde que a filoxera começou a devastar os vinhedos desta importante zona, a vila da Régua tem decrescido muitíssimo no seu movimento comercial, reflectindo-se nela a miséria que lavra em muitas povoações do país vinhateiro. O aspecto daqueles alcantis, outrora exuberantes de seiva e de fertilidade, é hoje desolador e assim não há ninguém que ao atravessar essa região não sinta a alma

A linha de caminho-de-ferro da Régua a Chaves

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  A Gazeta dos Caminhos de Ferro (publicação quinzenal) publicou no seu nº 426, de 16 de setembro de 1905, um extenso e interessante artigo de J. Fernando de Sousa , intitulado " A linha da Régua a Chaves ". Começa por escrever que " Enquanto prosseguem activamente os trabalhos de construção dos 24 km [ embora no final refira 26 km ] da Régua a Vila Real, que devem estar concluídos antes do fim do ano [ 1905 ], e se fazem as terraplanagens dos 15 quilómetros de Vila Real ao ribeiro das Varges, vão prosseguindo por troços sucessivos os estudos da linha até Chaves, sendo para esperar que dentro de poucos anos ficará construído este importante afluente da linha do Douro ." A nova linha de Vila Real às Pedras Salgadas – aspetos pitorescos Mais à frente refere que " A directriz estava definida pelo Corgo, que era forçoso seguir até à cabeceira do vale, para se transpor a portela de Vila Pouca de Aguiar e descer para o vale do Avelames, até às proximidades das P

A nova linha de Vila Real às Pedras Salgadas – aspetos pitorescos

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Vista de Vila Real, tirada da estação do caminho de ferro A série de fotografias, que inserimos hoje, reproduzindo alguns graciosos trechos da nova linha férrea das Pedras Salgadas [ desde Vila Real, e inaugurada a 14 de Julho de 1907 ], e que foram tiradas pelo enviado especial da Illustração Portugueza , não poderão deixar de confirmar o que já dissemos a respeito desta linha, por ocasião da sua recente inauguração . Apesar de lhe faltarem obras de arte, o ramal de Vila Real às Pedras Salgadas não pode deixar de ser considerado um dos mais interessantes e pitorescos do caminho-de-ferro do Douro, pela beleza característica da sua paisagem agreste e alcantilada. A paisagem transmontana é essencialmente diferente da minhota. Enquanto uma aparece gentil e amável, com toda a graça radiosa de um verdadeiro jardim, a outra é severa, imponente, muitas vezes áspera e rude, sem que, por isso, deixe também de ser bela. Simplesmente tem a sua formosura especial e própria. As serras