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Rio Corgo | Poema de Manuel Cardona

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Num eterno e amargo chôro, De pedra em saltando, Vão tuas aguas buscando As aguas turvas do Douro. Mas nos açudes, a dôr Que rezavas inda há pouco Num sonho que te faz louco, Muda-se em cantos de amôr. Me lembras então, sorrindo, Que pelo vale seguindo, Em tardinhas feiticeiras, Miras em doce segredo, E a tremer de amor e medo, O corpo das  lavadeiras ... Manuel Cardona,  Cantares da Serra . - Porto: Livraria Nacional e Estrangeira - Editora, 1923 Sugestões: O Rio das Lavadeiras – Rio Corgo em Vila Real Ponte metálica sobre o rio Corgo, em 1914 A foz do rio Corgo, junto à Régua

A minha homenagem: "VILA REAL", por Fernando dos Reis

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VILA REAL Ó Princesa do Córgo, engrinaldada P'lo diadama das cristas do Marão !... - Como te aperta, d'encontro ao coração A minh'alma de Poeta, deslumbrada! - Ó Princesa do Córgo, encantada Por fada de varinha de condão... Ó terra, ó bêrço de Diogo Cão , Em Carvalho d'Araújo concentrada.  Ó sacrossanta terra transmontana!... - A tua alma é rude, mas humana - És franca, hospitaleira e és leal.  Ó terra amiga e antiga, o teu Brazão É um grande e emotivo coração, Batendo forte, dentro de Portugal!  Fernando dos Reis Julho - 1944 In "O Vilarealense", 9 de Julho de 1944 (foi respeitada a grafia da época) Sugestões: Vila Real – Roteiro de Gastronomia e Vinhos O concelho de Vila Real visto em 1943 Da "Flor da Cidade" à "Pastelaria Gomes"

Idílios aos Amores de Verão, no Rio Corgo

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Idílio aos Amores de Verão, no Rio Corgo Na margem direita do rio Corgo, certa tarde, Com farnel e cana de pesca me tentava recrear… Mas avistei linda “sereia” debruçada a lavar, E dela me acerquei de mansinho, sem alarde! Era um dia de calor, daqueles que tudo arde… Sentei-me numa laje junto à moça, a prosear… E ao ver-lhe entre a blusa os nus limões a saltitar… Imaginei-a, qual Bardot, num filme erótico de Godard! Lembro uma perfeita Vénus mui gentil, pele sedosa… Da veste branca, entre a água, a nudez lhe transparecia… Qual formosa visão! Doce oferta dos altos céus!   Não esquecerei, jamais, aquela bela pescaria… Nem aquela santa dádiva tão maravilhosa, Que nessa tarde desfrutámos, para gáudios meus! Alfredo Martins Guedes (Aveiro – Jardim Calouste Gulbenkian - 01 de Setembro 2020) Imagem: Na margem do rio Corgo (cliché do distinto fotógrafo amador sr. Miguel Monteiro, de Vila Real). Ilustração Portugueza, II Série, nº692 - 26 de Maio de 1919 Sugestões: E se Vila R