Primeiros passos

Quando alguém começa a prestar declarações à Comunicação Social, é caso para se dizer: “Aqui há gato!”.

Pessoas mais ou menos atentas ao que se vai passando pela urbe, questionam-se, com alguma razão, se não será indício, ainda que subtil, de uma vontade mais ou menos consciente, mas não totalmente assumida. Eu aposto que sim.

Daqui a algum tempo veremos se é verdade ou não.

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A imagem que se reproduz - o edifício do Paço dos Marqueses de Vila Real -, também conhecido por Palácio da Torre e Casa do Arco , deve ter sido construído pelo primeiro Marquês de Vila Real no final do séc. XV. A fotografia, do final do séc. XIX, embora reflicta o estado de degradação a que o mesmo tinha chegado, ilustra bem, pela nobreza das suas proporções, a influência que esta família exerceu em Vila Real, nos sécs. XV, XVI e XVII. Refira-se que os Meneses , que partilharam localmente o poder com uma das famílias nobres que o rei D. Dinis havia fixado em Vila Real após o foral de 1289 (os Botelhos ), foram simultaneamente donatários de Vila Real e de Ceuta , cidade esta que governaram durante o mesmo período e desde a conquista em 1415, sendo seu primeiro capitão e governador D. Pedro de Meneses , futuro primeiro (investido em 1424). Até aí, Vila Real era governada pelas três famílias nobres de Lisboa que D. Dinis mandara aí fixar ( Botelhos , Cãos e Taveiras ), únicas...
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Foral de Vila Real doado por D. Dinis e Dª Isabel em 1289 Em nome de Deus amen.  Conhecida coisa seja a quantos esta carta virem e ouvirem que eu D. Dinis, pela graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve juntamente com minha mulher Rainha Dona Isabel , filha que foi do mui nobre Rei D. Pedro de Aragão, faço carta de foro para todo o sempre a vós povoadores de Vila Real de Panóias.  Convém a saber: a mil povoadores dou e outorgo a vós Sesmires ( terreno a sul de Montezelos, compreendido entre o Corgo e o Cabril ) e Parada Cunhos.  E a veiga toda do Cabril e Montezelos e a da Timpeira e Vilalva com todos os seus termos e com todos os seus direitos e suas pertenças que tenhais cada um as suas coirelas ( terras ), pera, vinhas e suas almoinhas ( hortas ) tamanhas como as melhor puderdes haver. E com estas coirelas ( terras ) e com estas almoinhas ( hortas ) haver cada homem uma casaria dentro no castelo quantos aí puderdes caber, e os outros no arrabalde.  E por isto ...
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“Vila Real tem dois cemitérios: - um situado na chamada VilaVelha - de onde se desfruta um lindo panorama – - e outro, chamado de Santa Iria , construído no Arcabuzado e recentemente inaugurado com uma área de treze mil metros quadrados que custou ao Município uma verba bastante elevada. Possui capela, sacristia, morgue, administração e casa para guardas. Foi seu construtor, por empreitada, o sr. Silvestre da Mota.” (1) Conclusão das obras na área fronteira ao Cemitério de Santa Iria, e bênção da imagem de Santa Iria (18/10/1998) Ainda relativamente a este cemitério, é de referir que na Sessão da Comissão Administrativa de Vila Real, realizada nos Paços do Concelho, no dia 21 de Fevereiro de 1931, pelas 17 horas, foi presente um ofício “ do Senhor Delegado de Saúde dizendo que um souto junto ao Arcabuzado é o melhor terreno para n’ele ser construído um novo cemitério. Inteirado rezolvendo a Comissão Administrativa mandar proceder à respectiva demarcação. ” (2)  Já na Se...
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Convento de Santa Clara – Vila Real Este convento, foi fundado no reinado de D. Filipe II , pelo licenciado rev. Jerónimo Rodrigues (cónego da Colegiada de Guimarães e natural de Vila Real), tendo sido lançada a primeira pedra em 9 de Março de 1602. Seis anos após (6.05.1608) estavam as obras concluídas, sob a invocação de Nossa Senhora do Amparo , e instalando-se ali apenas 50 religiosas de Santa Clara , número que pouco depois aumentou para 65. O fundador, em testamento, deixou seu irmão, rev. Lourenço Rodrigues , como herdeiro, padroeiro do convento e administrador do vínculo, com a faculdade de nomear sucessor em pessoa da família, continuando-se nos varões lídimos mais velhos; e dispôs que - a invocação do convento seria Nª Sª do Amparo (com festa a fazer-se-lhe no dia 25 de Março ), - que as religiosas fariam votos e seguiriam a regra das de Santa Clara de Guimarães e Amarante, guardando clausura perpétua, fazendo obediência aos arcebispos de Braga, - rezando diariamente ...
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