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O Marão, formidável montanha a Poente de Vila Real

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  Vila Real, Oh! que linda és: Tens o Corgo aos Pés Em adoração! Vila Real Como és gentil: Canta-te o Cabril, Beija-te o Marão! (Refrão da Marcha de Vila Real , da autoria de Mons. Ângelo Minhava )   “O Marão - talvez não saiba ainda - é esta formidável montanha a Poente, baluarte de granito, esculpida em convulsões cósmicas, carregada até ao cerne de dramatismo, que não só nos separa como nos isola, e por isso nos molda e dá identidade e a obstinação. Teixeira de Pascoaes , um Poeta de Amarante (cidade do outro lado do Marão), adivinhava nele uma alma gémea da sua, com quem conversava a horas mortas, em noites de temporal desfeito, em que os fantasmas feitos de neblina e escuridão vagueavam pelos cerros e despenhadeiros, pagando promessas e expiando crimes. Esta visão espectral do Marão quadra-lhe bem. É de facto difícil contemplá-lo e não o sentir inquieto, como quem domina a custo ímpetos fundos de se fazer gente e amar. Os grandes Poetas, como Pascoaes, têm o dom

Futebol Club Vilarealense

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Futebol Club Vilarealense Em 1936, no bairro das Hortas , existia um grupo constituído por rapazes entusiastas, intitulado « Águia d'Ouro Futebol Club », que em 2 de Julho de 1937, resolveu mudar de nome, ficando desde então, a chamar-se « Futebol-Club Vilarealense ». Este grupo é filial n.º 27 do « Futebol Club do Porto ». O seu principal desporto é o futebol, apesar de se ter já feito também representar em ciclismo na prova « Flores de Portugal » com o seu corredor, Avelino Gomes da Silva. É uma das grandes aspirações do Futebol Club Vilarealense adquirir um Parque de Jogos, estando, para tal fim, em negociações com o antigo campo dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública . A sua actual Direcção [1943] é composta pelos Srs.: Presidente, Olindo Teixeiró; Vice-Presidente, Sérgio Correia; 1.º Secretário, António Vieira da Silva Claro; 2.º Secretário, José Augusto Gomes; Tesoureiro, Jaime das Neves; Vogais, Augusto Ribeiro e Olímpio Teixeira. Tem a sua sede

Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca - Vila Real

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  Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Vila Real, com o seu Comandante - o sr. Manuel Moraes Serrão, no dia do 19º aniversário desta colectividade.  (Fotografia oferecida pelo sr. António Vieira Claro). Ilustração Portuguesa - II série, nº519 - 31 de Janeiro de 1916 Sugestões: Os Bombeiros em Vila Real (1856 a 1912) Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca - Vila Real O vila-realense comandante Morais Serrão foi membro da Federação dos Bombeiros Portugueses em 1905

Vila Real de Trás-os-Montes: a origem, o nome, o brasão, a cidade…

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Vista geral de Vila Real (segundo uma fotografia do sr. Lopes Martins) Vila Real de Trás-os-Montes Na assentada dum pequeno e verdejante monte, que se ergue em natural anfiteatro, fronteiro ao alcantilado e gigantesco Marão , correndo lhe aos pés os rios Corgo e Cabril , levantou D. Dinis , o rei lavrador, em 1289, a risonha e formosa vila, que denominou a Real , porque, diz a crónica, foi por sua real indicação que se escolheu tão aprazível sítio ou porque, de entre as demais vilas do reino, a futura capital da região trasmontana sobrelevava ou havia de sobrelevar a todas. E, ou fosse vaidade de momento ou predição do poeta coroado, o que é facto, é que hoje, o vaticínio, se vaticínio houve, está realizado. Vila Real é incontestavelmente uma das primeiras e principais vilas do país. O nome… Tem sido ponto controverso a etimologia do nome desta importante povoação do Norte, fazendo-o alguns derivar da situação topográfica da terra banhada por dois rios, vindo desta sorte

De Vila Real às Pedras Salgadas - inauguração da nova linha férrea (1907)

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"Coincidindo com a viagem d'El-Rei às Pedras Salgadas , para a sua cura de águas deste ano, o governo autorizou a abertura à exploração provisória do novo troço da linha férrea do Douro , que fica ligando Vila Real com aquela afamada estância minero-medicinal. A respectiva inauguração realizou-se, pois, no domingo 14 do corrente [ Julho de 1907 ]. O novo caminho-de-ferro, cujo percurso é de 37 quilómetros, segue de Vila Real , em rampa, até Vila Pouca de Aguiar , começando desde este ponto a descer até às Pedras Salgadas . Parte do trajecto faz-se entre elevadíssimas e alcantiladas montanhas, e em quási todo ele o rio Corgo acompanha o comboio, correndo ao seu lado em ziguezagues caprichosos. A vegetação é por toda a parte exuberante e viçosa, e a paisagem apresenta uma grande diversidade de aspectos graciosos. É por isso que, apesar de lhe faltarem obras de arte importantes, o ramal de Vila Real às Pedras Salgadas fica sendo uma das linhas mais pitorescas do país,

Guiães foi fundada por D. Sancho I em 1202 (8 de Abril)

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Uma feira em Guiães (1909) “ Guiães foi vila por foral concedido por D. Sancho I , em 1202. Foi também sede de concelho estando compreendida na sua área, entre outras, a freguesia de Paradela de Guiães , que daquela se separou por os possuidores de determinada quinta se recusarem a pagar os foros a Guiães . Houve litígio, chegou a haver mortes, e ficou, desde então, Paradela, pertencendo a Sabrosa, que nessa época subiu de categoria. (…) Guiães, com os seus terrenos de natureza xistosa admiravelmente dispostos ao sol, presta-se exuberantemente para a cultura da vinha na qual se resume, por assim dizer, toda a sua vida agrícola. Na encosta que fica voltada a nascente e na qual o terreno esta disposto em socalcos numerosos que, vistos de longe, produzem um eleito admirável interessante, produz-se vinhos tão finos que podem ser igualados aos melhores da região duriense, Além da vinha, possui também as suas oliveiras que dão um azeite de qualidade muito fina, muito saboroso e mui

Igreja Paroquial de Parada de Cunhos (Vila Real) em 1913

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Vila Real - Igreja matriz da freguesia de Parada de Cunhos Vila Real - altar mor da igreja paroquial de Parada de Cunhos Fonte: "Ilustração Católica" - nº 23 - 13 de Dezembro de 1913 (texto adaptado) O orago da igreja paroquial de Parada de Cunhos é S. Cristóvão . No séc. XVIII pertencia ao padroado da Casa do Infantado . Sugestões: Roteiro arqueológico e artístico do concelho de Vila Real Da Alameda do Caminho-de-Ferro ao Jardim da Estação Foral de Vila Real doado por D. Dinis e Dª Isabel em 1289

A Festa da Árvore em Torgueda - 1913

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Em Torgueda: o cortejo em marcha de Arnadelo para Tuizendes. Na pequena terra de  Torgueda , à beira de  Vila Real , também se realizou com brilho a festa da árvore , sendo muito interessante a cerimónia da plantação e o desfile das crianças . O reverendo Afonso Ribeiro Catalão falando ao povo na varanda da escola de Torgueda. (Clichés do distinto fotógrafo amador sr. Aurélio Teixeira Martins) Ilustração Portuguesa, nº371 - 31 de Março de 1913 A Festa do Dia da Árvore e da Floresta A Festa do Dia da Árvore e da Floresta em Portugal no início do século XX, logo após a implantação da República , era um evento de grande importância e significado para as populações locais. A celebração, que ocorria anualmente no dia 21 de março, era uma oportunidade para destacar a importância da preservação das árvores e da natureza, além de consciencializar a sociedade e as comunidades locais sobre a importância da conservação das florestas. Nessa época, a consciência ambiental ainda estava a iniciar-s

Teatro de Vila Real – Dr. Manuel do Nascimento Martins

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Teatro de Vila Real - Dr. Manuel do Nascimento Martins Fruto das suas múltiplas valências e de uma programação intensa, variada e de qualidade, o Teatro Municipal de Vila Real , instalado em edifício projetado pelo Arquitecto Filipe Oliveira Dias , assumiu-se, desde a sua abertura, como um motor incontornável da vida cultural da região, constituindo, simultaneamente, um eixo importante da vida social vila-realense. O complexo, com uma arquitetura moderna e uma agradável localização à margem do Parque Corgo , é constituído pelo - Grande Auditório (com capacidade para 500 lugares), - o Pequeno Auditório (145 lugares), - o Auditório Exterior (700 lugares), - a Sala de Exposições, - o Café-Concerto, - a Galeria-Bar, - esplanadas e duas salas de ensaios, para além de diversas áreas técnicas. No mesmo edifício está ainda instalado o Museu do Som e da Imagem . Para ler:  Museus em Vila Real: Museu da Vila Velha e Museu de Arqueologia e Numismática   As atividades do Teatro

Deputados eleitos pelo Círculo Eleitoral nº 6 - Vila Real à Assembleia Constituinte de 1911

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A leitura da proclamação da República na sessão inaugural das Constituintes Na sequência da proclamação da República , no dia 5 de Outubro de 1910, realizaram-se eleições legislativas, em 28 de Maio de 1911, para a constituição duma Assembleia Nacional Constituinte . Neste acto eleitoral foram eleitos 234 deputados, em círculos plurinominais e uninominais. A Assembleia Nacional Constituinte iniciou os trabalhos no dia 19 de Julho, e fez a aprovação final de uma nova Constituição a 21 de Agosto de 1911. Após a conclusão dos trabalhos, os deputados da Assembleia Nacional Constituinte foram divididos entre a Câmara dos Deputados e o Senado , mantendo-se em funções até 29 de maio de 1915.  Foram quatro os deputados eleitos pelo Círculo Eleitoral nº 6 - Vila Real à Assembleia Constituinte : - José Botelho de Carvalho Araújo , segundo tenente da armada, natural do Porto; - Carlos Richter , proprietário, natural da freguesia de São Mamede de Riba Tua, concelho de Alijó; -