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Nossa Senhora da Pena e o milagre descrito em 1752

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Imagem de Nossa Senhora da Pena Mouçós - Vila Real A devoção popular a Maria é um fenómeno excecional e incomparável. Na Igreja Católica esta piedade, em particular, manifesta-se sob variados títulos ou nomes. Em Mouçós , a Virgem Maria é invocada com o nome de Nossa Senhora da Pena .  É uma clara referência ao local onde existiu a primeira e mais modesta ermida onde já se veneravam a Senhora da Pena  (1) e o Glorioso São João Baptista e, onde terá ocorrido o fenómeno relatado por José Jacinto das Neves (natural de Sequeiros ), no recuado ano de 1752.  São João Baptista Em breves linhas, diremos que o que milagre foi o seguinte: de uma fraga sem abertura irromperam umas águas cristalinas que alcançavam oito polegadas antes de se esbaterem na pedra (em forma de repuxo).  A notícia, de que por um prodígio havia brotado uma fonte neste território, correu a Província e não tardou que muitos se deslocassem a este lugar para ver a maravilha operada por Deus, isto é, uma fonte nascida p

Imagem do funeral de Adelino Samardã

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Adelino Samardã (1863 - 1929) foi uma das mais ilustres figuras vila-realenses do seu tempo. Foi professor, político, arqueólogo e jornalista. Fundou o jornal O Povo do Norte e colaborou em muitos outros, a nível nacional e regional, atividade que lhe granjeou respeito, prestígio e popularidade. Fiel ao seu ideal republicano, indefetível, pertenceu à Comissão Executiva do Partido Republicano em Vila Real.  Esteve envolvido nas revoluções do 31 de Janeiro, através de uma ligação a Manuel Maria Coelho, e do 5 de Outubro, em que manteve contactos como almirante Cândido dos Reis e com sargentos do RI 13 implicados na implantação da República . Ocupou o cargo de Governador Civil de Vila Real, por duas vezes, a primeira das quais logo a seguir à implantação da República. Dirigente e Comandante dos Bombeiros da Cruz Verde . Figura muito estimada localmente, o seu funeral, em 6 de Fevereiro de 1929, constituiu uma impressionante manifestação coletiva de dor, bem documentada nesta

O blog Escarpas do Corgo criou um canal no Youtube

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O canal do Escarpas do Corgo no Youtube vai ser exclusivamente dedicado à terra e às gentes de Vila Real , a Princesa do Corgo , " filha do rei Troveiro ": a cidade e as freguesias semiurbanas e rurais (agora “apenas” 20!). A sua secular História : as pessoas, os factos mais importantes (ou não!) e os seus monumentos ímpares . As paisagens naturais e as paisagens humanizadas . Os miradouros e outros sítios mais altos, de onde nos é permitido descobrir paisagens encantadoras. Os espaços verdes. O Parque Corgo , o Parque Florestal , os jardins… O rio corgo e o rio Cabril . A serra do Marão e a serra do Alvão , com o seu Parque Natural . A gastronomia tradicional ... os restaurantes (porque quase já não há tascas) e as pastelarias! As atividades culturais que se vão realizando. As festas e as romarias , onde as pessoas se divertem e pagam promessas feitas, por vezes, em momentos de enorme aflição pessoal e/ou familiar. Os santuários … O intemporal artes

A Fonte de Almodena | Cantos, recantos e encantos na nossa Bila (3)

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A Fonte de Almodena “Por uma encantadora tarde dos primeiros dias de outubro de 1902, saí de Vila Real pela Fonte Nova e, tomando o caminho velho de Almodena , voltei à direita pela estrada da Tojeira . Sentei-me para descansar numa das pedras soltas, colocada junto da pontezinha de madeira, que existe antes de chegar à quinta do Ramalhão , enquanto que meus filhos, infatigáveis como todas as crianças, saltavam, dum lado para o outro, o baixo muro dum pinhal vizinho. Um passo pesado, vindo do lado da vila, fez-me voltar a cabeça, e a pouca distância vi uma mulher que, vergada sobre enorme carga de lenha, se aproximava de nós. Ao chegar à ponte, pousou-a sem grande esforço numa pedra vizinha da minha, dizendo-me com simplicidade: - Boas tardes . Depois, olhando-me franca e investigadoramente, perguntou: - A senhora é daqui? - Não; sou de Lisboa . - Ah! - tornou-me ela, com um sorriso nos lábios muito expressivo de desdém - Lá me parecia. Eu sou de Mondrões e raro

Exposição no AMVR: “Tradições em Vila Real: Santo António e a Feira do Gado”

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“As Festas em honra de Santo António (nascido Fernando de Bulhões, em Lisboa, e falecido em Arcela, arredores de Pádua) no dia 13 de junho de 1231) que há séculos se realizam em Vila Real, emprestam à cidade um colorido, movimento, alegria e odor especiais. Ao longo dos tempos, e em cada ano de festejos, inúmeras foram as atividades promovidas pela Câmara Municipal de Vila Real, e muitas outras por diversas instituições e entidades culturais, recreativas, desportivas e religiosas da nossa cidade. Foram procissões, exposições, cortejos (etnográfico, humorístico, histórico e luminoso), torneios, atividades desportivas, corridas de motos e de automóveis, corridas de toiros e o concurso pecuário da raça bovina maronesa, integrado na Feira de Gado, cuja origem se perde o tempo. Foi com registos documentais de muitas destas atividades pertencentes aos espólios do Arquivo Municipal de Vila Real e de Achilles d'Almeida , e outros cedidos a título de empréstimo, nomeadamente as peça

A Capela do Espírito Santo: onde esteve e onde está?

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Capela do Espírito Santo Quinta de Prados / UTAD A Capela do Espírito Santo terá sido construída no século XIV, pelos morgados de São Brás , pelo que, frequentemente, também era conhecida por capela do Hospital de São Brás . Ainda no séc. XIV (1385) D. João I concede carta de privilégios ao Hospital e albergaria de São Brás . Passados pouco mais de 250 anos, a partir de 1644, e na sequência de vários milagres atribuídos à imagem de Cristo crucificado existente nesta capela, a mesma passa a ser conhecida por Capela do Bom Jesus , tendo passado a realizar-se, no dia 10 de Maio de cada ano uma festa totalmente suportada pelo comendador de Tresminas, D. Gregório Castelo Branco . Com o falecimento do comendador de Tresminas , em 1719, a festa dedicada ao Bom Jesus passou a realizar-se por devoção dos habitantes. Capela do Espírito Santo Capela de Cristóvão Gonçalo  no Largo do Pioledo (segundo uma fotografia do sr. Lopes Martins) Fonte: "Branco e Negro", nº23-26, 1896  Nas

Vila Velha | Conjuntos Urbanos de Vila Real

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Vila Velha "A vila medieval murada, edificada no promontório sobre a confluência dos rios Corgo e Cabril , não consegue conter o seu povoamento inicial mais do que dois séculos, sendo certo que, já no final do séc. XIV, existiam casas extramuros e alguns arruamentos definidos. O séc. XVI será no entanto aquele em que se consolidará o povoamento do núcleo urbano fora de muralhas, não obstante as tentativas frustradas dos moradores para conter esse mesmo povoamento dentro de muros. Para isso tomaram iniciativas como a ampliação da igreja de São Dinis , no séc. XV, com a finalidade de servir toda a população da sede do concelho (esta igreja manteve-se como principal local de atos públicos religiosos até ao séc. XIX, não obstante a ruína e a desertificação em que se encontrava a Vila Velha ) ou a representação solicitando a confirmação, atendida pelo rei, dos privilégios concedidos aos moradores e aos mercadores que usassem a porta franca. Idêntica iniciativa de manutenção do

Apontamentos para a história da criação do cemitério de Vila Real (S. Dinis)

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Cemitério de São Dinis, na Vila Velha (Vila Real) “No seu estudo dedicado ao urbanismo no Norte de Portugal, Mário Gonçalves Fernandes situa a construção do cemitério por volta de 1841 (1). O autor - que cita Pinho Leal - refere que a obra terá nascido por iniciativa do Governador Civil José Teixeira Cabral, e realizada a expensas da Câmara Municipal e das irmandades da vila, vindo a ser concluída em 1845. Tendo em conta as informações sobre a localização do cemitério do hospital da Divina Providência, tentamos consultar os livros de actas da Câmara Municipal de Vila Real, para averiguar se haveria alguma relação entre os dois espaços. Infelizmente, os livros referentes a este período estão em mau estado, inviabilizando uma correcta leitura das mesmas. Recorremos então ao trabalho de Luís Cyrne de Castro, intitulado Do passado de Vila Real (2) , onde se encontram transcrições de várias actas da câmara, entre elas, as que abordam a criação do cemitério. Foi, portanto, esta a fonte u

Conserto do relógio da Capela Nova, e não só, no séc. XIX

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O relógio da Capela Nova, sem ponteiros! «... Nesta [Câmara], sendo convocados a Nobreza e o Povo, por pregão público, para responderem ao requerimento que fizeram o Presidente e Oficiais da Mesa da  Irmandade dos Clérigos de S. Paulo , desta Vila, para se consertar o relógio público que se acha posto na sua Igreja , no que se deve dispender duzentos mil reis, além de quarenta anuais para o ordenado do que tratar do relógio, pois que o presente salário de três mil reis não é suficiente nos tempos actuais, foi por todos unánimemente respondido que o relógio de que se pede o conserto é muito velho e incapaz, com uma pequena campainha que mal se ouve em pequena distância, e que sendo esta Vila de uma povoação de mais de seis mil almas e a mais notável da Província é preciso que ela tenha um relógio público capaz e bem situado, que se ouça em toda ela, pois que os dois relógios dos conventos de  S. Domingos  e  S. Francisco  estão situados nas extremidades da Vila e pouco se ouvem, e que,