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Da "Flor da Cidade" à "Pastelaria Gomes"

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Em Vila Real “é inaugurada em 9 de Junho de 1925 (data em que também nasce uma filha do seu p roprietário, Manuel dos Santos Gomes ) uma pastelaria e confeitaria chamada " A Flor da Cidade ", localizada na Rua António de Azevedo , n.os 9 e 11, onde mais tarde se instalaria a loja " Electromecânica ", do conhecido Chico Americano, o Sr. Francisco Guilhermino de Carvalho. Esta pastelaria foi fundada em sociedade com o Sr. Sebastião Duarte , sob a firma de Gomes & Duarte . Note-se que, à data da fundação de " A Flor da Cidade ", Vila Real era ainda vila, e só em 20 de Julho passaria a cidade. Mas a verdade é que já ninguém tinha dúvidas de que a elevação estava para acontecer e o Sr. Manuel dos Santos Gomes antecipou assim em 41 dias o grande momento. Manuel dos Santos Gomes (1890-1959) era natural de Cortinhas, concelho de Murça, e, antes de se fixar em Vila Real, andou pelo Brasil (onde foi caixeiro de um armazém de mercearia, empr...

Rainha Santa Isabel, a primeira donatária de Vila Real

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Imagem da Rainha Santa Isabel existente na Igreja de Santa Clara, em Coimbra. (Escultura de Teixeira Lopes) Com a  fundação de Vila Real , D. Dinis ofereceu o Senhoria da Vila a sua mulher, D. Isabel , a fim de que o mesmo fosse sempre pertença das Rainhas de Portugal. Infelizmente, tal não veio a acontecer… Mas esse poderá ser assunto para outro texto! Rainha Santa Isabel - (1269/70? - Estremoz, 1336)  Popularmente conhecida por Rainha Santa , nasceu em Saragoça ou Barcelona. Era filha de Pedro III de Aragão e neta de Jaime I, o Conquistador. O seu casamento com  D. Dinis  foi acordado por escritura antenupcial, de acordo com o direito romano, facto que se registou em Portugal pela primeira vez. Tinha ele sido recomendado em 1280 ao rei de Aragão por Filipe III de França, interessado em apaziguar os reinos de França e da Península Ibérica, desavindos uns com os outros. As cerimónias nupciais, imponentes, efetuaram-se em Trancoso , a 24 de Junho de 1288. Mulher de g...

Busto de Camilo Castelo Branco | Vila Real: ontem, hoje e manhã?

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  O monumento a Camilo Castelo Branco encontra-se no Jardim da Carreira . Tem inscrito, à frente Camilo C. Branco 16-3-1826 a 1-6-1890 Por Subscrição Publica 16-3-1926   atrás " 1 de Janeiro de 1939 - Fui à vila encontrar-me com ela no Jardim da Carreira. O busto de Camilo, sobressaltado, olhou-me tragicamente da cabeça aos pés. Sosseguei-o: - Não. Não temos Ana Plácido, camarada! Miguel Torga, Diário I " O busto de Camilo Castelo Branco foi inaugurado no dia 25 de abril de 1926, e colocado na avenida central do Passeio Público, atual Jardim da Carreira, onde agora está a taça. Foi transferido para o local atual a14 de novembro de 1931. ***** Camilo Castelo Branco   nasceu em Lisboa , a 16 de Março de 1825, e  faleceu em São Miguel de Ceide , Vila Nova de Famalicão, no dia 1 de Junho de 1890. Filho natural, seu pai - Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco - era de Vila Real, e sua mãe - Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira   - de Sesimbr...

O senhorio de Vila Real – O trágico fim do seu último marquês

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«Até ao reinado de D. Fernando , andou Vila Real na propriedade da coroa ; este monarca, porém, deu-a a D. Leonor Teles de Menezes , sua mulher, que, depois da morte daquele e conspirando contra a autonomia da pátria, cobriu de vergonha o País. Levada pela ambição que a dominava, chamou seu genro, D. João I de Castela , a quem mandou aclamar nas terras de que era donatária. Mas, debulhada ela, em breve, de suas opulências e recolhida à força no mosteiro de Torresilhas, passou Vila Real para João Rodrigues Porto Carreiro , senhor da Vila de Anciães. Mau patriota também, ligou-se este fidalgo ao partido castelhano, sendo derrotado por Vasco Rodrigues de S. Payo . O vencedor recebeu de D. João I de Portugal os bens do renegado, a excepção de Vila Real, ao tempo em poder de uma filha de Porto Carreiro , casada com um sobrinho de Leonor Teles. Resgatou este, quanto possível, as faltas da família, porque combateu sempre sob a bandeira portuguesa, e com valor e lealdade se houve...

A Feira de Santo António em Vila Real (1919)

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Uma rua de barracas no Calvário. Nos dias da feira, principalmente ao cair da noite, é um verdadeiro Chiado, onde a melhor sociedade passa algumas horas agradáveis. A Feira de Santo António A origem das feiras portuguesas perde-se nos tempos remotos do período de formação histórica da nossa nacionalidade. Foram sempre uma necessidade nas relações comerciais e agrícolas do nosso povo, para a troca, a compra, a venda e, a princípio, as oscilações do câmbio. No reinado de D. Fernando , as feiras tiveram uma grande importância.  E ainda hoje, por todo o Portugal, se realizam, sendo, porém, as mais pitorescas, as que têm a caracterizá-las um cunho verdadeiramente tradicional, as do Minho e de Trás-os-Montes . Uma barraca de tenda no Carmo. O Alentejo tem as suas grandes feiras de gado, o Algarve tem também as suas feiras, mais ou menos características, mais ou menos pitorescas. As feiras... quanta recordação e quanta saudade neste simples nome! Quanta confidência que os na...

Para a história do Feriado Municipal de Vila Real

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A Feira de Santo António No  memorial sobre “ Vila Real e seu termo ”, manuscrito em 1721 para a Academia Real de História , e que faz parte do vasto espólio do Arquivo Municipal de Vila Real, está transcrita a “ Provizão que Sua Majestade que Deus guarde foi servida mandar para a feira de Santo António desta Villa Real ”. (...) “ Thomaz da Silva a fez em Lisboa aos vinte de Fevereiro de mil seiscentos e oitenta e oito anos .” Passados 122 anos, dá-se a Implantação da República , e o Governo Provisório da República Portuguesa aprova, a 12 de outubro de 1910, um decreto que, no seu artigo 1º, dizia que “ São considerados feriados, para todos os efeitos, os seguintes dias: 1 de janeiro – consagrado à fraternidade universal, 31 de janeiro – consagrado aos precursores e aos mártires da República, 5 de Outubro – consagrado aos heróis da República, 1 de dezembro – consagrado à autonomia da pátria portuguesa, e 25 de dezembro – consagrado à família .“ No seu artigo 2º, este Decret...