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Avenida e Jardim da Estação do Caminho-de-ferro

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Quando a Câmara Municipal de Vila Real decidiu adquirir o terreno para o lado norte da avenida da estação do caminho de ferro, com o fim de aí construir uma aprazível alameda, entrou em contacto com o seu proprietário, Monsenhor Dr. Jerónimo Amaral , propondo-lhe a indispensável expropriação. Eis como foi noticiado o respectivo contrato, n’ O Povo do Norte de 14 de Janeiro de 1906: - “A câmara, satisfazendo uma boa parte das justas aspirações de alguns nossos conterrâneos, contratou ontem com o Mgr. Jerónimo Amaral a expropriação do terreno situado entre a avenida de acesso à estação do caminho de ferro (…) e a rua que decorre no sentido longitudinal daquele edifício. Este terreno parece destinado a uma alameda, que este mesmo ano será convenientemente arborizada e terraplanada. A aquisição foi realizada pela importância de reis 1:350$000.” Alguns meses após a compra desse terreno, mais precisamente, na sessão de 11 de Agosto de 1906, a Edilidade Vila-realense deliberou, p...

Foral de Vila Real doado por D. Dinis e Dª Isabel em 1289

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Foral de Vila Real doado por D. Dinis e Dª Isabel em 1289 Em nome de Deus amen.  Conhecida coisa seja a quantos esta carta virem e ouvirem que eu D. Dinis, pela graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve juntamente com minha mulher Rainha Dona Isabel , filha que foi do mui nobre Rei D. Pedro de Aragão, faço carta de foro para todo o sempre a vós povoadores de Vila Real de Panóias.  Convém a saber: a mil povoadores dou e outorgo a vós Sesmires ( terreno a sul de Montezelos, compreendido entre o Corgo e o Cabril ) e Parada Cunhos.  E a veiga toda do Cabril e Montezelos e a da Timpeira e Vilalva com todos os seus termos e com todos os seus direitos e suas pertenças que tenhais cada um as suas coirelas ( terras ), pera, vinhas e suas almoinhas ( hortas ) tamanhas como as melhor puderdes haver. E com estas coirelas ( terras ) e com estas almoinhas ( hortas ) haver cada homem uma casaria dentro no castelo quantos aí puderdes caber, e os outros no arrabalde.  E por isto ...

Sport Club de Vila Real e o Campo da Eira

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Sport Club de Vila Real O Sport Club de Vila Real foi fundado em 20 de Maio de 1920 por um grupo de rapazes cheios de boa vontade e amor ao desporto. Este club possui várias taças e troféus, entre as quais se contam as seguintes: - «O Povo do Norte»; - «1.° Torneio Atlético»; - «2.° Torneio Relâmpago»; - Taça «Dr. Roque da Silveira»; - Taça «Natação»; - Taça «Américo Martins Ferreira»; - Taça «Tabú»; - Taça «Trás-os-Montes» da F. P. F.; - Taça «António da Eira» - Taça «Marléne»; - Taça «Dr. José Augusto Fernandes»; - Taça «Óscar de Barros» e - Taça «Jubileu dos Bombeiros Voluntários de Vila Real. O Sport Club de Vila Real tem as secções de: Futebol, Ténis, Natação. Atletismo, Basket-Ball, Ciclismo, Ping-Pong e tiro de Chumbo. Ganhou o campeonato regional desde 1924 até à presente época de 1941-1942, sendo portanto, campeão da Província de Trás-os-Montes e Alto Douro há 17 anos. A sua actual Direcção [1943] é composta pelos Srs.: Presidente - Ar...

Os Paços do Concelho de Vila Real - Breve resenha histórica

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  Inicialmente foi um Hospital Exemplar de arquitetura civil do primeiro quartel do séc. XIX, o atual edifício dos Paços do Concelho é propriedade do Município desde 1915, por aquisição à Santa Casa da Misericórdia que o construiu de raiz e nele teve a funcionar, durante quase um século, o Hospital da Divina Providência . Foi construído entre 1817 e 1820 em terrenos adquiridos por iniciativa do então provedor da Santa Casa da Misericórdia , tenente de Cavalaria 6 Francisco da Silveira Pinto da Fonseca, futuro General Silveira e Conde de Amarante . Estes terrenos eram destinados, conforme o próprio título de aquisição, a um hospital a estabelecer com a designação de Hospital da Divina Providência , na sequência de um movimento de solidariedade que, além do futuro General Silveira , contou também com o apoio de muitos beneméritos locais. Destes são de destacar os comerciantes José e Francisco Rodrigues de Freitas , em homenagem aos quais foi dado o nome de Largo dos Freit...

XI Feira do Bacalhau de Abambres

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Entre os dias 15 e 18 de maio, vau realizar-se a XI Feira do Bacalhau de Abambres , de acordo com o seguinte Programa : 15 de maio (quinta-feira) 19h30 - Missa em honra de Santo Isidro na Capela (Dia de Santo Isidro) 16 de maio (sexta-feira) 21h00 - Atuação do Grupo de Cantares do Rancho Etnográfico de Borbela Enquanto o Rancho atua, servimos uma saborosa Punheta de Bacalhau e Pataniscas na Tasca da Comissão 27 de maio (sábado) 10h00 - Abertura da Feira com o Grupo Explosão de Abambres Diversas bancas com variados produtos de artesanato, fumeiro, produtos agrícolas, pastelaria variada, folares, mel e licores... 12h00 - Almoço na Tasca da Comissão com a atuação do artista Arménio Pimenta 16h00 - Merenda 17h00 - Concurso Abambres Chef 19h00 - Jantar na Tasca da Comissão 22h00 - Atuação do Grupo Another Way 18 de maio (domingo) 10h00 - Abertura da Feira. Mata-bicho 12h00 - Almoço na Tasca da Comissão Momento do Produtor Agrícola de Abambres 18h00 - En...

Da Alameda do Caminho-de-Ferro ao Jardim da Estação

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Avenida e alameda do caminho-de-ferro - Vila Real “Pelo menos desde o terceiro quartel do séc. XIX que se começaram a equacionar novas áreas de expansão urbana para Vila Real . Não era alheio a isso o crescimento demográfico; mas as razões principais seriam as deficientes condições de higiene e a insalubridade que se viviam na sede do concelho. A opinião pública e os órgãos autárquicos dividem-se entre diversas soluções, orientadas quer para a margem direita, quer para a margem esquerda do Corgo . Demos alguns exemplos. Na década de 1870, e tendo como pretexto uma nova ponte sobre o Corgo, a localizar em Codessais , pensa-se em demolir uma parte significativa do Bairro dos Ferreiros e criar uma área de construção na margem direita do rio, que se estenderia até Codessais. A ideia não foi avante, sobretudo porque a população não via com bons olhos a demolição do Bairro dos Ferreiros. Entre 1903 e 1904 surgem três novas ideias para a expansão urbana, duas delas também na margem d...

A Avenida Carvalho Araújo em Vila Real, cerca de 1943

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Sobre Carvalho de Araújo e as homenagens dos vila-realenses “ José Botelho de Carvalho de Araújo era filho de José de Carvalho Araújo e de D. Margarida Ferreira Botelho de Araújo, residentes em Vila Real. No entanto, o nosso herói foi nascer no Porto (freguesia de São Nicolau), a 18 de Maio de 1881 , porque na altura os pais se encontravam nesta cidade a visitar uns familiares. Dois meses passados, a família regressa a Vila Real, onde Carvalho Araújo fez a instrução primária e os estudos liceais. Entre 1897 e 1898 efetuou os preparatórios na Academia Politécnica do Porto para frequentar a Marinha, na qual ingressou, como Aspirante, a 12 de Outubro de 1895. Na Marinha cumpriu uma carreira brilhante. Em 1903 ascendeu ao posto de Guarda Marinha, em 1905 ao de Tenente, em 1915 ao de 1º Tenente e, a título póstumo, foi nomeado Capitão Tenente. A 13 de Janeiro de 1906, Carvalho Araújo casou com D. Ester Ferreira de Abreu, uma sua parente afastada, tendo o casal tido 7 filhos. A cele...

Os cavacórios - doçaria tradicional de Vila Real

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  Cavacórios Os  Cavacórios  apresentam-se em forma côncava, semelhantes a uma taça que, conjuntamente com as  Bexigas , fazem parte dos doces típicos das festas em honra de  São Lázaro , que é considerado o protetor contra as doenças de pele (varíola, bexigas e outras) . Receita Ingredientes: - Ovos - farinha - óleo - uma pitada de sal Modo de preparação: Colocam-se, na batedeira, a farinha, o óleo e o sal. Depois junta-se ovo a ovo, lentamente, até a massa ficar mole e escorrer. Esta "massa aguada" descansa cerca de uma hora. Com um saco de pasteleiro, é distribuída pelas formas onde se fazem os pastéis e vai ao forno. Decorridos aproximadamente 20 minutos, é retirado do forno, apresentando o seu traço diferenciador: a forma côncava. Deixa-se arrefecer o  cavacório  e passa-se à fase seguinte: o revestimento com  fondant  (pasta especial feita de açúcar para cobrir e rechear bolos, sendo açúcar em ponto e água que depois fica com aspeto esb...

A Festa de São Lázaro em Vila Real

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Servindo de fundo a esta cena de costumes, vemos o Cruzeiro e a Capela de S. Lázaro. Foi mandada construir, em 1520, por D. Pedro de Castro, em invocação a Sta Margarida. A Festa de São Lázaro «Cumprindo-se uma velha tradição desta cidade, realizaram-se no passado domingo, os festejos a S. Lázaro , segundo um programa bem delineado por uma dedicada Comissão de Moradores do antigo e típico bairro onde se localiza a Capela de Santa Margarida , perto da ponte com o mesmo nome. É essa capelinha, ao fundo da Rua Sargento Pelotas (antiga rua de Santa Margarida ), que o povo vem fazendo, há muitos anos, a invocação S. Lázaro , pois possui no seu altar a imagem desse Santo, de que resultou ser também conhecida por Capela de S. Lázaro . O povo vila-realense habituou-se a invocar S. Lázaro , no seu dia próprio, contra as bexigas, muitas vezes designadas por “ bexigas loucas ”, a terrível doença da Varíola que, se não levava os doentes à morte, deixava-lhes na pele, para sempre, as suas c...

A Capela de Santa Margarida/S. Lázaro - Vila Real

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Capela de São Lázaro ( Cliché Foto Repórter ) D. Pedro de Castro , em 1520, mandou construir a capela de Santa Margarida , perto da ponte com o mesmo nome, edificada pelos artífices que moravam no bairro anexo. No séc. XVIII, mudou a invocação para S. Lázaro , “ por nela haver a imagem deste santo ". Os ferreiros e chapeleiros, entre outros artesãos que moravam no bairro, exigiram a formação de uma irmandade de S. Lázaro , “ cujos rendimentos governados com boa exacção, reformaram a capela, azulejando-a por dentro, pondo-lhe seu retábulo e apainelando-a pelo tecto de painéis com milagres do santo, que tudo está dourado e pintado; fizeram sacristia com sua tribuna por cima e na porta principal seu cabido de pedraria de cantaria com muito primor; tem avantajados sufrágios pelos irmãos defuntos, na forma dos seus estatutos que foram confirmados por provisão do arcebispo primaz, D. Rodrigo de Moura Teles, no ano de 1714 ". Por proposta da Câmara Municipal, de 4 de Maio de...