Embaixador Britânico em Portugal, Vila Real e o folclore tradicional
Depois de fazer referências a
1.- A ligação intergeracional;
2.- O lugar central da comida na vida diária;
3.- A variedade da paisagem (começa por referir a “imponência do rio Douro”);
4.- A tolerância;
5.- O café e os cafés;
e antes de se referir a
7.- Um profundo espírito de independência;
8.- As mulheres (é casado com uma portuguesa);
9.- A curiosidade sobre, e o conhecimento, do mundo;
10.- Que o dinheiro não é a coisa mais importante do mundo;
faz uma referência que me enche de orgulho:
«6.- A inocência. É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi no meu primeiro fim de semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raiz, uma certa inocência.»
Ou seja, o nosso país e, neste caso, Vila Real tem muitos e variados motivos para ser referência (não enumero nenhum para não ferir eventuais susceptibilidades), mas este embaixador britânico, habituado a correr e a ver mundo, escolheu, entre tudo o que conheceu em Portugal, a visão de um grupo de adolescentes a dançar danças tradicionais para caracterizar a inocência, que espera que permaneça sempre igual no nosso país.
Jorge Dias afirmou, um dia que "Temos obrigação de salvar tudo aquilo que ainda é susceptível de ser salvo, para que os nossos netos, embora vivendo num Portugal diferente do nosso, se conservem tão Portugueses como nós e capazes de manter as suas raízes culturais mergulhadas na herança social que o passado nos legou."