Cruzeiro no Marão, sobre o Vale da Campeã (1869)

 

Cruzeiro no Marão, sobre o Vale da Campeã (1869)

“(…) A Cruz continua, assim, a afirmar, através das idades, a fidelidade do nosso génio civilizador aos princípios eternos do Evangelho, por que sempre regulámos, com audácia de paladinos invencíveis, o assombroso apostolado de oito séculos de história.

Os Cruzeiros põem sempre, à sua roda, uma nota de pureza e claridade.

O turismo nacional não pode esquecê-los. porque todos eles são apelos à vida, mesmo quando recordam a Morte, nos outeiros sem sombra ou ao lado das nossas estradas.

Chateaubriand considerava diminuída a paisagem da França, se lhe faltassem os campanários.

Diminuída ficaria, na sua graça de horto rescendente, a terra de Portugal, se acaso lhe arrancassem os Cruzeiros que a assinalam.

Os Cruzeiros são artigos de Credo e gritos da Pátria traduzidos em pedra. Parece que têm raízes e seivas, como as árvores.

Cruzeiros a que apetece confessar as angústias mais íntimas.

Ninguém se interessa por morrer abraçado a um plinto de mármore pagão. 

A História registaria o nome daquele que se deixasse matar em defesa de um Cruzeiro.”

In, “Portugal, Terra de Cruzeiros”, por Padre Moreira das Neves (texto editado)

Fonte: Revista “Panorama” – nº3 – Agosto de 1941

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