Guiães foi fundada por D. Sancho I em 1202 (8 de Abril)

Uma feira em Guiães (1909)

Guiães foi vila por foral concedido por D. Sancho I, em 1202.

Foi também sede de concelho estando compreendida na sua área, entre outras, a freguesia de Paradela de Guiães, que daquela se separou por os possuidores de determinada quinta se recusarem a pagar os foros a Guiães.

Houve litígio, chegou a haver mortes, e ficou, desde então, Paradela, pertencendo a Sabrosa, que nessa época subiu de categoria. (…)

Guiães, com os seus terrenos de natureza xistosa admiravelmente dispostos ao sol, presta-se exuberantemente para a cultura da vinha na qual se resume, por assim dizer, toda a sua vida agrícola.

Na encosta que fica voltada a nascente e na qual o terreno esta disposto em socalcos numerosos que, vistos de longe, produzem um eleito admirável interessante, produz-se vinhos tão finos que podem ser igualados aos melhores da região duriense,

Além da vinha, possui também as suas oliveiras que dão um azeite de qualidade muito fina, muito saboroso e muito apreciado.

As suas árvores frutíferas, espalhadas por uma grande área e bem cuidadas pelos seus donos, dão variadas espécies de fruta cuja quantidade se pode considerar abundante. (…)

Como algumas povoações deste concelho, Guiães possui também o seu pelourinho. (…)

 


As casas de aparência citadina (…) são amplas e pertenceram a famílias nobres ali existentes.

Entre outras, mencionaremos as seguintes:

- D. Miguel de Ataíde Malafaia Bragança, da casa do Arco do Baúlhe, parentes de Gonçalo Cristóvão e da Família Real;

- Condes de Vila Pouca, possuidores da Quinta do Canal;

- a nobre família dos Garcias;

- Casas dos Silveiras - Condes de Amarante – que se ligou à dos Castelos Melhor

- e a família de Queiroz de Magalhães, descendentes de Fernão de Magalhães.

E uma plêiade de gente fidalga que honrou e deu brilho a esta terra de nobres tradições que possui também a nobreza do trabalho.”

Fonte do texto e imagem do pelourinho: “Concelho de Vila Real”, Bandeira de Tóro, 1943 | Imagem de destaque: “Occidente”, nº1101 – 30 de Julho de 1909

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