Escarpas do Corgo

A  Paróquia de Constantim - Vila Real  está hoje, duplamente, de parabéns: as obras de beneficiação da Igreja Paroquial estão concluídas, logo melhoraram as condições de participação nas celebrações religiosas. Ao mesmo tempo, a comunidade está maior e mais rica. Hoje, durante a Eucaristia Dominical, receberam o  Sacramento do Baptismo   duas meninas: Leila e Yasmine. Sejam bem-vindas! No próximo fim-de-semana (último Domingo de Julho) realizam-se nesta localidade ( antiga capital das Terras de Panóias e uma das mais antigas vilas à qual o conde D.Henrique concedeu, ao mesmo tempo que a Guimarães, carta de foral, em 1096 ) as  Festas em honra de Sta Maria da Feira e S. Frutuoso .  Igreja Paroquial de Constantim:   datada de 1726, sobressai pela sobriedade e elegância do conjunto, enriquecido por uma capela exterior adossada à frontaria do edifício, no lado direito. Classificada como Imóvel de Interesse Público, abriga no interior, em talha de madeira dourada do séc. XVII, um sa

Mandela celebra 90 anos de uma vida de ideais

Em pleno séc.XV (1453), enquanto o Imperador de Constantinopla, Constantino XI, tentava, por todos os meios ao seu alcance, impedir a conquista da cidade e a destruição do Império Romano do Oriente pelos turcos, diz-se que um grupo de sábios (que ficaram conhecidos como “ os sábios de Bizâncio ”) ocupava o seu tempo a discutir, de uma forma acalorada, sobre qual seria o sexo dos anjos.  Não seria, com certeza, o assunto mais importante para ser discutido naquela época.  Passados 555 anos, e enquanto a economia portuguesa se afunda, as famílias, endividadas a mais de 129% do seu rendimento, e sem dinheiro para subsistir até ao dia 10 de cada mês – se tanto, corta na aquisição de bens essenciais (alimentação, medicamentos, etc.), deixa de pagar a água, a electricidade, foge das estações de serviço sem pagar o combustível da viatura, e entrega as chaves da casa ao banco, os socialistas apresentam como prioridade no programa eleitoral para as legislativas de 2009, e “ consensual no partido

As Escarpas marcam, indubitavelmente, a cidade de Vila Real e a sua relação “íntima” com o Rio Corgo , quase seco no Verão mas, quantas vezes, barrento e tumultuoso em dias de Inverno mais chuvoso. É assim a opinião livre de amarras ou freios. Muitas vezes apenas silêncio ou simples murmúrio, mas que ecoa mais alto que qualquer sino de igreja matriz. Outras vezes, um grito de alerta, incómodo, mordaz, que atinge e desperta para realidades que teimam em manifestar-se, apesar de tentativas infrutíferas de as fazer desaparecer ou, pelo menos, atenuar ou enfraquecer. É preciso estarmos atentos aos “ sinais dos tempos ” e agirmos – mais que reagirmos – por convicção e de acordo com a nossa consciência, limite primeiro e último da actividade de cada um de nós, enquanto seres humanos. E como o caminho se faz caminhando, como disse o poeta, lancemo-nos ao caminho… José Pinto