Rio Corgo - Vila Pouca de Aguiar e Régua
Vila Pouca - um casebre rústico(Phot. de Miguel Monteiro) |
"Irmão,
sim. Disse-o algures. Torno a dizê-lo. A mãe dele é minha mãe - Vila Pouca de
Aguiar. E Vila Pouca, ao dar-nos à luz, se alguma coisa marcou diferença entre
mim e ele, foi na data do nascimento - a do Córgo algo anterior à minha, apesar
da minha contar à roda de dois séculos.
Que, no
tocante a naturalidade, por pouco nos não igualou - fazendo-o nascer no meu
berço, ou a mim no berço dele.
Eu nasci
em casa com janelas traseiras debruçadas sobre o Chão Grande - cortinha dos
meus avós paternos, estimada em não sei quantos alqueires.
No Chão
Grande nasce o rio Córgo, quando muito a cinquenta braças da casa onde eu
soltei os primeiros alentos. (…)"
Régua - cachoeiras do Corgo(Phot. de António Teixeira) |
“Por último, agora de maior idade, à testa do cortejo das bem amadas, mete resoluto à Régua. Domestica as penedias do Tarregido. Ensina o caminho às paralelas da via férrea. Lava os pés aos laranjais ribeirinhos de Penaguião. E a despeito das agruras da derrota, só uma vez ou outra retarda o passo - no prazer de admirar e reverenciar, sobre o bojo das primeiras colinas durienses, os socalcos plantados de videiras, as escadarias majestosas por onde o Vinho do Porto do Olimpo desce à terra."
Régua - Ponte sobre o Corgo - À passagem do comboio |
Régua - o Corgo suave(Phot. Miguel Monteiro) |
Régua - uma cachoeira no rio Corgo(Cliché de A. Teixeira) |
Fontes
Textos: “O Córgo – Via e obra dum rio”, Sousa Costa – Edição da Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão, 1961
Imagens: “Ilustração Católica” (diversos números)