Constantim de Panóias
“A
colectividade a que chamamos Constantim formou-se a partir da villa
romana que era constituída pela villa em si e pelo arruamento comprido onde
acampavam os trabalhadores que a exploravam.
Na villa
residiam os senhores.
À parte,
viviam os serviçais, nos arraiais do fundo da rua, meio da rua e cima da rua.
A via romana (3) deu lugar mais tarde à rua do Cinzeiro e, no seu prolongamento, à rua
da Igreja, cortando a meio o arruamento (5) onde acampavam os trabalhadores,
explicando-se assim a origem dos locativos, Meio da rua, Fundo da rua
e Cima da rua.
Paralelamente à
via romana (3) formou-se a via medieval (6) que serviu depois de estrada
real.
À volta da
referida rua comprida (arruamento do acampamento romano) nasceram as pequenas
ruas do Paço, do Acipreste, do Forno, que a toponímia
conserva nos nossos dias.
A rua da
Madalena conjugava-se com a via de longo curso, vinda de Lisboa, Coimbra,
Lamego, Poiares, Abaças, Mosteirô, Constantim.
A Levandeira
constituía outro foco. Por lá passava o caminho para o "monte concelho".
Depois eram casais isolados e cabanas.”
Fonte: “Constantim
de Panóias – Identificação de uma vila”, Joaquim de Barros Ferreira