Solar de Mateus: “jóia delicada da arquitectura do séc. XVIII”




Solar setecentista dos Condes de Mateus (Solar de Mateus), nos arredores de Vila Real de Trás-os-Montes

("Panorama" nº38 - 1949)

“Depois, tem os grandes monumentos: de todas as épocas e estilos. Não precisamos enumerá-los: eles virão ao seu encontro, nesse deambular pelas ruas; impossível ignorá-los.

Mas gostaríamos que tivesse em atenção especial o barroco, essa incontrolada explosão de beleza levitante.

Encontrá-lo-a sobretudo na fachada da Capela Nova e no interior da mesma e das Igrejas de São Pedro e do Calvário; e ainda - claro! - no Solar de Mateus, nas imediações da cidade, a jóia mais delicada da delicada arquitectura do século XVIII.

Ora na pedra das fachadas, ora na talha dourada dos altares, ora no artesoado dos tectos, o barroco vale sempre bem a pena. Não admira esta pujança do estilo barroco na região de Vila Real.

Nicolau Nasoni, o grande arquitecto italiano «double» de pintor, andou por aqui e, onde não riscou, aconselhou e influenciou.

O resultado está à vista: não há a bem dizer aldeia nenhuma do concelho (não falamos já da cidade) que não guarde ao menos um pormenor caprichoso: uma voluta arrojada, uma cornija em harmonioso jogo de curva e contracurva, uma imagem de santo ou anjo que parece flutuar no pregueado soberbo das roupas.”

A.M. Pires Cabral, “Vila Real – itinerário mínimo” (texto editado para permitir uma melhor leitura nos telemóveis)

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