Palácios da nobreza rural em Vila Real | Espaços Urbanos
Com a extinção
em 1641 da Casa dos Marqueses de Vila Real, donatários que pela sua influência
fixaram ao longo dos séculos à volta do seu palácio no Campo do Tabulado
as muitas famílias nobres que justificaram o epíteto de corte de Trás-os-Montes
para Vila Real, sucedeu-se uma nobreza marcadamente rural que resultou da
fixação de altos funcionários da justiça, alguns deles nobres, como ouvidores, almoxarifes
e juízes-de-fora, e da nobilitação de um numero significativo de famílias proprietárias
no Douro que, com o grande rendimento proveniente do vinho tratado, construíram
muitas casas mais tarde brasonadas.
Estes solares,
com as suas pedras-de-armas, podem ainda hoje ser vistos em grande parte das freguesias
rurais e, no que respeita à sede do concelho, a sua localização verificou-se
sobretudo na antiga Rua do Poço (hoje Rua Combatentes da Grande
Guerra), uma espécie de rossio muito valorizado com a construção da igreja de São Paulo, na Rua das Pedrinhas (hoje Rua 31 de Janeiro) e no Largo
de São Pedro (onde existe um conjunto escultórico de Manuel Rosa, de 2003, inspirado no Douro), de que são exemplos
- a Casa dos
Nóbregas Pizarros,
- a Casa dos
Morgados de São Brás,
- a Casa dos
Pintos da Mesquita (onde hoje estão as Galerias Novabila, que conservam a
pedra-de-armas),
- a Casa dos
Gomes de Figueiredo (na Rua 31 de Janeiro, nºs 15 a 23, conservando ainda o
brasão no teto do salão principal),
- a Casa dos
Magalhães Teixeiras (que ocupa na Rua 31 de Janeiro os nºs 41 a 45A,
conservando ainda a pedra-de-amas),
- a Casa dos
Álvares Mourões
- e a Casa
de São Pedro.
Fonte: “Mapa de Arquitetura – Vila Real”