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Procissão de Corpus Christi, que se fazia em Vila Real até ao ano de 1756

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Das « Memórias da antiga vila de Vila Real » recopiladas e comentadas Custódio José de Sousa Machado, de Vila Real - Ano de 1840 - manuscrito existente no Arquivo Municipal, extraio a seguinte descrição da procissão do Corpo de Deus. «PROCISSÃO DE CORPUS CHRISTI, que se fazia em Vila Real até ao ano de 1756. Primeiramente vai um carro que dão os habitantes desta vila e arrabaldes , ornado de frondosos ramos bem levantados e povoados de todo o género de frutas e hortaliças que o tempo permite, com uma dança de 16 figuras, com instrumentos próprios de hortelões. 2.º - Segue-se uma figura que representa uma serpe de muita grandeza e bem ao natural, que costumam dar os surradores. 3.º - Segue-se outra dum dragão com sua dama bem asseada que vai tirando por uma fita, que costumam dar os sapateiros e curtidores. 4.º - Segue-se S. Cristóvão com a grandeza da sua estatura, que dão os imaginários , e não os havendo é por conta da Câmara. 5.º - Seguem-se dois cavalinhos ... (?), f

Sport Club de Vila Real e o Campo da Eira

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Sport Club de Vila Real O Sport Club de Vila Real foi fundado em 20 de Maio de 1920 por um grupo de rapazes cheios de boa vontade e amor ao desporto. Este club possui várias taças e troféus, entre as quais se contam as seguintes: - «O Povo do Norte»; - «1.° Torneio Atlético»; - «2.° Torneio Relâmpago»; - Taça «Dr. Roque da Silveira»; - Taça «Natação»; - Taça «Américo Martins Ferreira»; - Taça «Tabú»; - Taça «Trás-os-Montes» da F. P. F.; - Taça «António da Eira» - Taça «Marléne»; - Taça «Dr. José Augusto Fernandes»; - Taça «Óscar de Barros» e - Taça «Jubileu dos Bombeiros Voluntários de Vila Real. O Sport Club de Vila Real tem as secções de: Futebol, Ténis, Natação. Atletismo, Basket-Ball, Ciclismo, Ping-Pong e tiro de Chumbo. Ganhou o campeonato regional desde 1924 até à presente época de 1941-1942, sendo portanto, campeão da Província de Trás-os-Montes e Alto Douro há 17 anos. A sua actual Direcção [1943] é composta pelos Srs.: Presidente - Ar

Para a história da Avenida Marginal...

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Parte da Avenida Marginal, em 1998 ( Revista Municipal nº6 ) Na edição de 27 de fevereiro de 1958, " O Vilarealense " publicou uma notícia intitulada: " Avenida Marginal ", com o seguinte teor: " Em curtos meses deve concluir o troço da Avenida Marginal, compreendido entre a antiga Escola Régia , do Largo do Trem e a velha R. de S. João . Anuncia-se agora, para breve, o início do rompimento da Avenida, desde o Palácio do Governo Civil até ao sítio do antigo Matadouro , obra que envolve a demolição de diversas casas. Assim o exige o progresso na sua implacável arrancada. Texto relacionado: Demolição da Escola do Conde Ferreira para abertura da Avenida Marginal Mas, pergunta-se, já foram notificados os proprietários e os moradores dos prédios a esboroar, do que vai proximamente suceder-lhes? Ou só se lhes esclarece a situação à última hora? Não se lhes dá tempo, o tempo necessário, justo e imprescindível, para estudarem o seu tormentoso problema, a fim de

Memórias do Café Club, em Vila Real

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Café Club - Vila Real Em 1 de Março de 1917, inaugurou-se o Café Club . As obras começaram um ano antes, quando as pessoas de Vila Real notaram um movimento pouco habitual, nos baixos do palacete que ocupava uma parte do chão da antiga casa dos marqueses de Vila Real , que mobilizou marceneiros, pintores e trolhas. Os proprietários deste salão de recreio ou café-concerto eram o tesoureiro da Câmara Municipal, José Ferreira , e o visconde de Trevões . Já havia a tradição dos cafés-concertos em Vila Real, devido à Feira de Santo António . Mas dizia-se que o Café Club seria o mais luxuoso de toda a província. Chegado o grande dia, as portas do estabelecimento abriram-se. Tinha duas entradas, uma para a Avenida Carvalho Araújo e a outra para a Rua António de Azevedo . No interior, um balcão enorme, mesas com tampo de mármore, candelabros, espelhos e grandes quadros, pintados propositadamente para aquelas paredes, de inspiração naturalista e ao ar livre, de que alguns nã

O Marão, formidável montanha a Poente de Vila Real

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  Vila Real, Oh! que linda és: Tens o Corgo aos Pés Em adoração! Vila Real Como és gentil: Canta-te o Cabril, Beija-te o Marão! (Refrão da Marcha de Vila Real , da autoria de Mons. Ângelo Minhava )   “O Marão - talvez não saiba ainda - é esta formidável montanha a Poente, baluarte de granito, esculpida em convulsões cósmicas, carregada até ao cerne de dramatismo, que não só nos separa como nos isola, e por isso nos molda e dá identidade e a obstinação. Teixeira de Pascoaes , um Poeta de Amarante (cidade do outro lado do Marão), adivinhava nele uma alma gémea da sua, com quem conversava a horas mortas, em noites de temporal desfeito, em que os fantasmas feitos de neblina e escuridão vagueavam pelos cerros e despenhadeiros, pagando promessas e expiando crimes. Esta visão espectral do Marão quadra-lhe bem. É de facto difícil contemplá-lo e não o sentir inquieto, como quem domina a custo ímpetos fundos de se fazer gente e amar. Os grandes Poetas, como Pascoaes, têm o dom

Futebol Club Vilarealense

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Futebol Club Vilarealense Em 1936, no bairro das Hortas , existia um grupo constituído por rapazes entusiastas, intitulado « Águia d'Ouro Futebol Club », que em 2 de Julho de 1937, resolveu mudar de nome, ficando desde então, a chamar-se « Futebol-Club Vilarealense ». Este grupo é filial n.º 27 do « Futebol Club do Porto ». O seu principal desporto é o futebol, apesar de se ter já feito também representar em ciclismo na prova « Flores de Portugal » com o seu corredor, Avelino Gomes da Silva. É uma das grandes aspirações do Futebol Club Vilarealense adquirir um Parque de Jogos, estando, para tal fim, em negociações com o antigo campo dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública . A sua actual Direcção [1943] é composta pelos Srs.: Presidente, Olindo Teixeiró; Vice-Presidente, Sérgio Correia; 1.º Secretário, António Vieira da Silva Claro; 2.º Secretário, José Augusto Gomes; Tesoureiro, Jaime das Neves; Vogais, Augusto Ribeiro e Olímpio Teixeira. Tem a sua sede

Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca - Vila Real

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  Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Vila Real, com o seu Comandante - o sr. Manuel Moraes Serrão, no dia do 19º aniversário desta colectividade.  (Fotografia oferecida pelo sr. António Vieira Claro). Ilustração Portuguesa - II série, nº519 - 31 de Janeiro de 1916 Sugestões: Os Bombeiros em Vila Real (1856 a 1912) Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca - Vila Real O vila-realense comandante Morais Serrão foi membro da Federação dos Bombeiros Portugueses em 1905

Vila Real de Trás-os-Montes: a origem, o nome, o brasão, a cidade…

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Vista geral de Vila Real (segundo uma fotografia do sr. Lopes Martins) Vila Real de Trás-os-Montes Na assentada dum pequeno e verdejante monte, que se ergue em natural anfiteatro, fronteiro ao alcantilado e gigantesco Marão , correndo lhe aos pés os rios Corgo e Cabril , levantou D. Dinis , o rei lavrador, em 1289, a risonha e formosa vila, que denominou a Real , porque, diz a crónica, foi por sua real indicação que se escolheu tão aprazível sítio ou porque, de entre as demais vilas do reino, a futura capital da região trasmontana sobrelevava ou havia de sobrelevar a todas. E, ou fosse vaidade de momento ou predição do poeta coroado, o que é facto, é que hoje, o vaticínio, se vaticínio houve, está realizado. Vila Real é incontestavelmente uma das primeiras e principais vilas do país. O nome… Tem sido ponto controverso a etimologia do nome desta importante povoação do Norte, fazendo-o alguns derivar da situação topográfica da terra banhada por dois rios, vindo desta sorte

De Vila Real às Pedras Salgadas - inauguração da nova linha férrea (1907)

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"Coincidindo com a viagem d'El-Rei às Pedras Salgadas , para a sua cura de águas deste ano, o governo autorizou a abertura à exploração provisória do novo troço da linha férrea do Douro , que fica ligando Vila Real com aquela afamada estância minero-medicinal. A respectiva inauguração realizou-se, pois, no domingo 14 do corrente [ Julho de 1907 ]. O novo caminho-de-ferro, cujo percurso é de 37 quilómetros, segue de Vila Real , em rampa, até Vila Pouca de Aguiar , começando desde este ponto a descer até às Pedras Salgadas . Parte do trajecto faz-se entre elevadíssimas e alcantiladas montanhas, e em quási todo ele o rio Corgo acompanha o comboio, correndo ao seu lado em ziguezagues caprichosos. A vegetação é por toda a parte exuberante e viçosa, e a paisagem apresenta uma grande diversidade de aspectos graciosos. É por isso que, apesar de lhe faltarem obras de arte importantes, o ramal de Vila Real às Pedras Salgadas fica sendo uma das linhas mais pitorescas do país,