Rio Corgo | Poema de Manuel Cardona


Num eterno e amargo chôro,
De pedra em saltando,
Vão tuas aguas buscando
As aguas turvas do Douro.

Mas nos açudes, a dôr
Que rezavas inda há pouco
Num sonho que te faz louco,
Muda-se em cantos de amôr.

Me lembras então, sorrindo,
Que pelo vale seguindo,
Em tardinhas feiticeiras,

Miras em doce segredo,
E a tremer de amor e medo,
O corpo das lavadeiras...

Manuel Cardona, Cantares da Serra. - Porto: Livraria Nacional e Estrangeira - Editora, 1923

Sugestões:

Mensagens populares deste blogue

Brasões de Vila Real - texto do Dr. Júlio Teixeira

Tripas aos molhos | Receita original de Vila Real

A Marcha da Cidade de Vila Real: "Vila Real, Vila Real, Vila Real!"

Memórias do Café Club, em Vila Real

Monumento a Nossa Senhora de Lourdes - Vila Real

A Ponte Metálica e o Caminho de Ferro em Vila Real

Vila Real, a primeira terra portuguesa com luz elétrica

Futebol Club Vilarealense

As Portas da Vila e a cinta de muralhas de Vila Real

Tenente Horácio de Assis Gonçalves - Governador Civil de Vila Real (1934-44)