PRINCEZAS DO CORGO» – Grupo Folclórico de Vila Real | Grupos de Folclore que existiram em Vila Real
PRINCEZAS DO CORGO» – Grupo Folclórico de Vila Real
«Este simpático grupo foi
fundado em 1932, em meados de Março, por Manuel Ramos, José da Trindade Vilela
e Francisco Pinto, rapazes cheios de entusiasmo e vocação.
Era um conjunto infantil bem
organizado, tendo-se deslocado diversas vezes para várias terras da província.
No ano da sua fundação
deslocou-se a Vidago onde fez uma excelente exibição, à qual assistiu a Ex.ma
Esposa do Chefe do Estado, D. Maria do Carmo Carmona.
Um jornalista do sul que
também assistiu, intitulou este grupo de: “gargantas
miúdas com voz de oiro“. Uma das suas principais canções era:
Ó Vila Real, ó Vila,
Princesa de Trás-os-Montes,
Nos dias que te não vejo
Meus olhos são duas fontes.
Durou pouco tempo este
interessante grupo, cuja bandeira tinha as cores verde e branca, com os
seguintes dizeres «PRINCEZAS DO CORGO» Grupo
Infantil de Vila Real.
Em Abril de 1938
reorganizou-se o mesmo Grupo com muitas componentes do primeiro, já taludas –
lindas mulheres – usando o mesmo traje, que era o seguinte:
– Saia preta com barrões
verdes;
– blusa verde com rendas entremeadas, feitas na região;
– chapeuzinho preto com uma roseta verde;
– meia branca e chinelas bordadas;
– coletinho preto todo bordado, constituindo um trajo de grande efeito.
Foram mudadas as cores da
antiga bandeira, que passaram a ser branco e vermelho com a legenda «PRINCEZAS DO CORGO» – Grupo
Folclórico de Vila Real.
Fez exibições que jamais
esquecerão ao povo vila-realense, pois que o conjunto cantava admiravelmente.
Foi extinto devido às
componentes se terem afastado por motivo de afazeres profissionais e mudança de
situação que, uma a uma as foi privando de poderem continuar no grupo.
Cantavam uns versos da
região, e que foram muito admirados, em todas as localidades aonde se exibiram,
e que transcrevemos:
Ó Vila Real alegre,
Ó minha terra, meu lar,
Um dia de ti ausente –
Não me farto de chorar.
Oh majestoso Marão,
Cheio de neve e de fontes
Quer de Inverno quer de Verão
És o rude guardião
Da gente de Trás-os-Montes.
Terra tão linda mais não pode
haver
A saudade nunca finda
Até um dia a perder.
Minha terra! Ó querida Vila
Real,
Branca cidade da serra; és o
povo
Que orgulha este belo Portugal.»
In «Concelho de Vila Real» – Julho de 1943, por Bandeira de Tóro