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1º Duque de Vila Real, D. Manuel de Menezes

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Janela e casa do Marquês de Vila Real Duque de Vila Real (1585) D. Filipe II de Castela e I dos que intrusamente governaram em Portugal, elevou a duque de Vila Real o 5º marquês do mesmo título, D. Manuel de Menezes , cuja ascendência se entroncava, por diversos enlaces matrimoniais, na árvore genealógica dos duques de Bragança e na dos antigos reis de Portugal. Foi D. Manuel o único duque de Vila Real , em razão de ser mudado esse título no de Caminha, na pessoa de seu filho primogénito, como adiante se verá. Ducado de Caminha (1620) D. Filipe IV de Castela e III dos que governaram em Portugal, elevou a duque de Caminha, por carta de 14 de Dezembro de 1620, a D. Miguel de Menezes , filho do 5º marquês e 1º duque de Vila Real . Outro D. Miguel Luiz de Menezes , sobrinho do antecedente e filho do 7º marquês de Vila Real, foi feito 2º duque de Caminha por mercê del-rei D. João IV , aos 16 de Maio de 1641. Porém, esta graça não obstou a que este duque, e o marquês seu pai,

O antigo campo do Tabulado em Vila Real

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A fotografia acima “É uma vista do antigo Campo do Tabulado , em cujo chão liso até 1890 se desenrolava uma boa parte da vida social e dos entretenimentos públicos, já depois da expansão para sul, nos anos 60, que dera origem ao Largo Conde de Amarante .  No ano em que a fotografia é tirada - 1891 -, são rearranjados o Largo Conde de Amarante , o Largo do Chafariz (este dando lugar ao Jardim das Camélias ), e o Largo Luís de Camões .   São visíveis as obras que continuavam. É visível também, em fundo, parte do Hospital da Misericórdia (hoje Paços do Concelho ) e a torre sineira de São Dinis , bastante mais alta do que na atualidade. Vê-se além disso uma diligência, a recordar a intensificação da viação e a existência de um alquilador no edifício do antigo Convento de São Domingos .   Vê-se também o novo chafariz de repuxo , que aparecera ao público em 18 de Maio desse mesmo ano.   E, sendo dia de feira, percebe-se ainda o bulício da praça do mercado coberto, construído

Da Alameda do Caminho-de-Ferro ao Jardim da Estação

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Avenida da Estação e ponte sobre o Corgo - Vila Real “Pelo menos desde o terceiro quartel do séc. XIX que se começaram a equacionar novas áreas de expansão urbana para Vila Real . Não era alheio a isso o crescimento demográfico; mas as razões principais seriam as deficientes condições de higiene e a insalubridade que se viviam na sede do concelho. A opinião pública e os órgãos autárquicos dividem-se entre diversas soluções, orientadas quer para a margem direita, quer para a margem esquerda do Corgo . Demos alguns exemplos. Na década de 1870, e tendo como pretexto uma nova ponte sobre o Corgo, a localizar em Codessais , pensa-se em demolir uma parte significativa do Bairro dos Ferreiros e criar uma área de construção na margem direita do rio, que se estenderia até Codessais. A ideia não foi avante, sobretudo porque a população não via com bons olhos a demolição do Bairro dos Ferreiros. Entre 1903 e 1904 surgem três novas ideias para a expansão urbana, duas delas também na marge

Exposição sobre o nosso Liceu no Arquivo Municipal de Vila Real

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  O Arquivo Municipal de Vila Real tem patente ao público, desde o passado dia 28 de novembro e até ao dia 31 de março de 2024, uma exposição evocativa do 175º aniversário do Liceu Camilo Castelo Branco, intitulada: " 175 anos do Liceu de Vila Real: uma viagem pela Educação, Cultura e Compromisso com o Futuro ". Esta exposição, que pode ser visitada todos os dias úteis, entre as 9h00 e as 15h00 (sem interrupção!), vale a pena ser vista pelas " curiosidades " e " peculiaridades " que apresenta. E sobre a mesma mais não se diz! No âmbito desta exposição já foram realizadas 2 tertúlias: - (Re)Encontro com Professores - 26 de janeiro, no Arquivo Municipal de Vila Real, e - (Re)Encontro com antigos Alunos - 16 de fevereiro, no Auditório da Escola Secundária Camilo Castelo Branco No próximo dia 15 de março, pelas 17h00, no Arquivo Municipal de Vila Real vai realizar-se a última Tertúlia: “(Re)Encontro com atuais Alunos ”. Sugestão:  Dia do Patrono

A sagração da igreja de S. Domingos, erecta por Pio XI em Sé da Diocese de Vila Real

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Sé de Vila Real - Altar mor (c. 1955) “Um dos primeiros intentos do arcebispo em Vila Real foi realizar a cerimónia da sagração da igreja de S. Domingos , erecta por Pio XI em Sé da Diocese . Escrevendo aos párocos a 27 de Outubro de 1923, dizia-lhes procurar assim « não só proceder de harmonia com os sagrados cânones e equiparar a nossa catedral às restantes do País, mas ainda unir mais o nosso coração de bispo e de pastor a esta Igreja, cujos cuidados Deus confiou ao mais humilde dos seus ministros ». Como as leis litúrgicas permitiam que, além do titular que já tinha, outro se pudesse juntar no acto da sagração, D. João Evangelista , naquela data e na mesma carta, pedia aos imediatos colaboradores que muito lealmente lhe dessem a sua opinião sobre o nome que lhes parecesse mais próprio, porquanto o prelado muito desejava, « como em tudo o mais, ir de acordo com os sentimentos piedosos do nosso clero e as devotas tradições deste bom povo ». Recolheram-se os votos, que de

As Portas da Vila e a cinta de muralhas de Vila Real

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Reconstituição das Portas da Vila (segundo dados históricos) demolidas em 1873 (1) "(…) apesar de, em 1293, D. Dinis declarar: « eu devo a fazer o muro da vila boo e cercala toda » - sem para isso, aliás, exigir o imposto de anúduva dos vizinhos de Vila Real, - a verdade é que, ainda em Julho de 1303, o mesmo Rei assinou um documento em que se lê: - « Eu fico pera lhys fazer o muro é essa villa quando o poder fazer, querêdo deus » (A. d'Azev. 70). Não há dúvida, porém, que a cinta de muralhas veio a ser erguida no decurso do séc. XIV - por sinal, com pedras retiradas (segundo a tradição referida por D. Jerónimo Contador de Argote ), das ruínas da velha e abandonada Panónias ... (Argote Mem. para a Historia Eclesiastica do Arcebispado de Braga , Tomo I, Lisboa, 1732, pág. 326). «Os muros de D. Dinis - escreveu no século passado o Rev. Dr. Pedro Augusto Ferreira, erudito conhecedor de velharias - formavam uma espécie de paralelogramo que abrigava em si a vila velha e tinh

Isto não é defeito, é feitio antigo, enraizado no ADN

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« O País perdeu a inteligência e a consciência moral.  Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência.  Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita.  Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos.  A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria.  Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia.  Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado.  O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés.  A ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha, A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal

Rio Corgo | Poema de Manuel Cardona

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Num eterno e amargo chôro, De pedra em saltando, Vão tuas aguas buscando As aguas turvas do Douro. Mas nos açudes, a dôr Que rezavas inda há pouco Num sonho que te faz louco, Muda-se em cantos de amôr. Me lembras então, sorrindo, Que pelo vale seguindo, Em tardinhas feiticeiras, Miras em doce segredo, E a tremer de amor e medo, O corpo das  lavadeiras ... Manuel Cardona,  Cantares da Serra . - Porto: Livraria Nacional e Estrangeira - Editora, 1923 Sugestões: O Rio das Lavadeiras – Rio Corgo em Vila Real Ponte metálica sobre o rio Corgo, em 1914 A foz do rio Corgo, junto à Régua

A Tuna de Mondrões/Bisalhães – uma das Tunas do Marão

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A Tuna de Mondrões/Bisalhães em 1935 “Estivemos em Bisalhães pela primeira vez a gravar a tuna em 1992, numa altura em que ela integrava, como as fotografias documentam, alguns jovens que tinham sido cativados para a prática instrumental pelos mais velhos elementos da tuna, numa iniciativa inteligente e promissora, mas que infelizmente acabou por não resultar, como vamos historiar. As informações que aqui vertemos resultaram essencialmente da entrevista que então fizemos aos dois mais antigos membros da tuna, Querubim Ribeiro de Carvalho , nascido em 1912, e Joaquim Fernandes Fontes , nascido em 1925, ambos nados e criados em Bisalhães, representantes das duas famílias que desde sempre foram os principais fornecedores de tocadores da tuna, os Carvalhos e os Fontes, bem como ao filho do último, Constantino Fontes . Como grande e importante centro oleiro que era (e ainda é), Bisalhães tinha quase toda a sua população ocupada ou, pelo menos ligada, à arte da olaria. “ Eu sempre fu

Joelho da Porca | Gastronomia de Vila Real

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Joelho da Porca Ao lado das especialidades locais (sopas, vitela e cabrito assados com arroz de forno, covilhetes , tripas aos molhos , posta maronesa, bola de carne e diversos enchidos), o vila-realense soube também adoptar como suas e adaptar ao seu gosto algumas especialidades de outros lugares. Algumas de tradição nitidamente trasmontana, como os pratos de bacalhau , o cozido à portuguesa e os milhos ; outras originárias de diferentes culturas, como é o caso do joelho da porca , sendo que, à atracção por este prato, não deve ser estranha a circunstância de o porco ser uma das bases da alimentação trasmontana e uma das carnes mais apreciadas e aproveitadas . O joelho da porca (*) é uma criação recente, do início dos anos 80 do séc. XX, do Restaurante Espadeiro , a cujos proprietários (Maria Celeste Carvalho Pipa e Manuel Augusto Pipa), por ocasião de uma Semana Gastronómica Portuguesa realizada com o apoio da Câmara Municipal de Vila Real em Osnabrück (Alemanha), e conf