A Capela de Santa Margarida/S. Lázaro - Vila Real

Capela de São Lázaro

(Cliché Foto Repórter)


D. Pedro de Castro
, em 1520, mandou construir a capela de Santa Margarida, perto da ponte com o mesmo nome, edificada pelos artífices que moravam no bairro anexo.

No séc. XVIII, mudou a invocação para S. Lázaro, “por nela haver a imagem deste santo".

Os ferreiros e chapeleiros, entre outros artesãos que moravam no bairro, exigiram a formação de uma irmandade de S. Lázaro, “cujos rendimentos governados com boa exacção, reformaram a capela, azulejando-a por dentro, pondo-lhe seu retábulo e apainelando-a pelo tecto de painéis com milagres do santo, que tudo está dourado e pintado; fizeram sacristia com sua tribuna por cima e na porta principal seu cabido de pedraria de cantaria com muito primor; tem avantajados sufrágios pelos irmãos defuntos, na forma dos seus estatutos que foram confirmados por provisão do arcebispo primaz, D. Rodrigo de Moura Teles, no ano de 1714".

Por proposta da Câmara Municipal, de 4 de Maio de 1859, a Junta de Paróquia de S. Pedro
fez obras na sacristia para que a Rua de Baixo pudesse ficar mais larga, "foram colocadas lajes
na frente da Capela, cruz no centro e uma pirâmide de cada lado
”.

Fizeram-se as escadas que dão acesso ao adro e um parapeito virado para as Ruas de Baixo e de Santa Margarida.

O altar-mor

O altar-mor é de talha dourada, estilo "rocaille”.

O retábulo, ladeado por dois pares de colunas pseudo-salomónicas, com capitéis coríntios, é constituído por um camarim com trono, onde pousa a imagem de S. Lázaro.

Os intercolúnios resguardam as imagens de Santa Marta e de Santa Madalena.

À semelhança com a Igreja da Misericórdia, do lado direito da capela, por cima da porta de acesso à sacristia, abre-se uma dupla janela, com coluna de pedra ao meio.

O tecto da ermida era formado por trinta e cinco caixotões decorados com pinturas alusivas à vida de Jesus e de S. Lázaro.

Retirados do seu lugar, em 1998, durante as obras de conservação da capela, aguardam a oportunidade de serem recolocados no seu lugar primitivo.

Texto (editado) e foto do altar-mor: “Monografia do concelho de Vila Real”, Júlio António Borges


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